v. 4 n. 10 (2024): Decolonialidade antropofágica: recolonizar a descolonização?
Os artigos publicados na Revista Cactácea tratam, de diversas maneiras, de como lidar com o pensamento colonizado e sobre o que ele é, ou seja, como se impõem a colonialidade do pensamento. Você, leitor, encontrará nestes textos advertências a comportamentos racistas, machistas, discriminadores de modo geral, racionalidades outras, sugestões práticas, enfim, tudo o que cabe no nosso pensamento fronteiriço, isto é, o pensamento que lida com realidades distintas, parte colonizado, parte de colono; realidade imposta e realidade vivida.
O intento desta revista é, principalmente, dar visibilidade aos autores que não conseguem espaço acadêmico por não se submeterem às regras eurocêntricas e draconianas exigidas pelos "ditadores" de regras que infelizmente ainda não entenderam que habitam a fronteira e isso exige outra mentalidade.
Neste espaço democrático, que é o que pretende a Revista Cactácea, haverá lugar para outras falas, "Ou seja, o lixo vai falar, e numa boa" (Gonzalez, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano (p. 99). Zahar. Edição do Kindle).