Sobre a Revista
Revista voltada à divulgação do conhecimento filosófico e educacional. Contém artigos, dossiês, ensaios, resenhas e traduções. De amplo espectro humanístico e social.
Não é usual fazer uma análise semiótica do logotipo de uma revista. Mas pretendemos elaborar uma revista que "funcione" pelas rupturas epistêmicas. Em virtude desta premissa, resolvemos interpretar o que esta imagem, que se parece com um cactus, e o nome da família a qual pertence, as cactáceas, significa para nós neste exercício singular de reunir imagem e narrativa.
O cactus é formado por balões de linguagem como os usados nos quadrinhos:
São essas diferentes "falas" que compõem a comunicação. Embora pareça uma obviedade, há um silenciamento histórico que qualifica algumas "falas" em detrimento de outras, criando um ambiente hostil de supremacia ideológica patriarcal.
Neste espaço democrático, que é o que pretende a Revista Cactácea, haverá lugar para outras falas, "Ou seja, o lixo vai falar, e numa boa" (Gonzalez, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano (p. 99). Zahar. Edição do Kindle).
Representam também espinhos, relacionados à dificuldade da comunicação, sempre muito competitiva e cheia de mal-entendidos; e o ferrão do escorpião, que induz à face combativa da comunicação, a erística.
A flor do cactus representa o gramofone, a ação pública da comunicação que emite ideias. Também representa a corneta acústica, cujo uso só era possível se o ouvinte fizesse algum esforço para ouvir. A metacrítica aqui exposta apenas se refere à comunicação e às suas dificuldades.
E porquê do nome "cactácea"? É um jogo semântico. As cactáceas representam a resistência e a resiliência que os "educadores-filósofos" sustentam no seu dia a dia, às voltas com a comunicação. As cactáceas são criaturas magníficas que resistem, como os educadores, a um ambiente extremamente hostil e isso nos parece muito com a situação da educação brasileira.
Clique aqui para o Expediente.