Uma lua no meio da água
Resumo
Começa a chover. A trovoada rasga o céu, severamente. A zona toda tornou-se assustadora. Perdeu o brilho. A vida. As pessoas, nas ruas, corriam para as suas casas, desesperadamente; outras saiam das suas casas para algum lugar seguro. A raiva do vento arrancava a cobertura das casas, derrubava as árvores. E misturava-se ao roncar ensurdecedor da chuva; às vuvuzeladas da trovoada; à vozearia de pessoas que, sem norte, assistiam às suas casas a serem destruídas; algumas paredes desabavam sobre as pessoas de todas as idades: crianças, mulheres, idosos. As águas formavam rios e abriam grandes crateras.