Revista Cactácea – Educação, Filosofia https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea <p><strong>Expediente</strong></p> <p>A <em>Revista Cactácea - Educação, Filosofia </em>é uma publicação eletrônica <em>online</em> do IFSP Câmpus Registro de periodicidade quadrimestral (3 edições por ano).</p> <p><strong>Equipe Editorial</strong></p> <p>Prof<sup>a.</sup> Dr<sup>a.</sup> Ofélia Maria Marcondes<br />Prof. Dr. Sandro Adrián Baraldi</p> <p><strong>Ano de Lançamento</strong></p> <p>2021</p> <p><strong>Objetivo</strong></p> <p><em>Contribuir</em> para a divulgação e a visibilidade de autores preocupados com críticas sociais, com a difusão do pensamento e da análise dos fenômenos ligados à formação humana e <em>promover</em> amplo debate crítico entre diferentes áreas do conhecimento humanístico tanto no que se refere à filosofia e à educação como cultura, literatura, ciências, em busca de fomentar um diálogo interdisciplinar.</p> <p><strong>Justificativa</strong></p> <p>Em um mundo em que prevalece o pensamento acrítico, a obediência sem questionamento, a banalidade do mal, a "imunização da manada", vemos necessidade de apontar rupturas epistêmicas para rumos mais humanos não especistas. Cremos que esta astronave, o planeta Terra, conta com uma tripulação - humana e não humana - que precisa urgentemente reencontrar seu equilíbrio. A única maneira de reverter esse processo insano e destrutivo é por meio de narrativas que valorizem e revalorizem aspectos sociais não destrutivos, hoje em franca decadência.</p> <p><strong>URL</strong></p> <p><strong><a href="https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/index" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/index&amp;source=gmail&amp;ust=1632937883407000&amp;usg=AFQjCNEzY-3kk35UmpKxgB-D52iciKwo6w">https://rgt.ifsp.edu.br/<wbr />ojs/index.php/revistacactacea/<wbr />index</a></strong></p> <p>Clique <a href="https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/about">aqui</a> para mais informações sobre a revista.</p> pt-BR Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2764-0647 1492: UMA PROPOSTA DE DIÁLOGO A PARTIR DO OLHAR DO OUTRO https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/152 <p>O presente texto é fruto dos seminários de estudos em Educação e Decolonialidade do grupo de pesquisa Mandacaru: Educação e Filosofia, desenvolvidos no ano de 2023 e versa sobre os capítulos VII e VIII de <strong>1492</strong> <strong>O encobrimento do Outro: A origem do "mito da Modernidade", </strong>de Henrique Dussel, que desenvolve uma crítica à Modernidade e os interesses econômico-políticos do Ocidente. Dussel propõe uma Filosofia do Diálogo (da Libertação), em que se dê relevo à vida, história, cultura dos “rostos” latino-americanos, contribuindo significativamente para o debate pós e decolonial.&nbsp;</p> Claudio Fernandes Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 Formando Empreendedores Universitários: Impactos do Laboratório de Educação Empreendedora no Ecossistema de Inovação de Luzerna-SC https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/150 <p>Este artigo tem como objetivo descrever os resultados principais de um projeto de Educação Empreendedora financiado pela Fapesc entre 2021 e 2024, voltado a capacitar estudantes de graduação e egressos do IFC Luzerna na modelagem, na validação e no desenvolvimento de novos negócios inovadores como foco em produtos, processos e serviços de base tecnológica. A metodologia previu 3 tipos de atividades periódicas ao longo da duração do projeto, sendo (A) Cursos Semestrais de Elaboração de Ideias de Negócio com apresentação das ideias pelos estudantes perante banca multidisciplinar; (B) Oficinas de elaboração de protótipos de novos produtos criados pelos alunos; e (C) Workshops Anuais de Empreendedorismo de Base Universitária, em conjunto com a Incubadora Tecnológica de Luzerna, abertos ao público e com apresentação de ideias de negócio, além de palestras e oficinas de redação de patentes. Como resultados principais, o projeto teve 7 turmas do Curso Semestral, com um total de 284 alunos participantes, sendo criadas, amadurecidas e validadas 111 ideias de negócio, das quais 95 delas foram publicadas no canal do projeto na plataforma Youtube, além da classificação de 8 ideias em 2022 e de 15 ideias em 2023 no Edital Nascer de pré-incubação, 5 ideias classificadas na edição 2022 do Edital Centelha, e participações na competição Reuni Challenge em 2021, 2023 e 2024, obtendo 3º, 5º e 11º lugar respectivamente. Uma ideia também foi vencedora do Edital Centelha 2022 (com R$ 60 mil de prêmio para criação da empresa), uma foi vencedora da edição 2023 do <em>Startup Weekend</em> Joaçaba, e 1 vencedora do <em>Hackathon</em> Cidade de São Paulo no evento Campus Party Brasil 2023. O coordenador do projeto, a Direção do Campus Luzerna do IFC e a Prefeitura Municipal também foram premiados em 1º lugar em 2023 no prêmio Cidades Empreendedoras da ENAP, entre mais de 500 iniciativas inscritas. Destacam-se como contribuições do projeto a formação em empreendedorismo inovador para mais de 250 alunos; o canal do projeto no Youtube; a realização de 2 eventos: o Luzerna Maker Faire 2022 e o evento internacional CPITT 2023 e, finalmente, um manual de empreendedorismo de base universitária com publicação prevista para 2026. Conclui-se pelo sucesso do projeto em termos quantitativos, dados os elevados índices de ideias de negócio criadas, validadas, e seu impacto na formação empreendedora dos estudantes.</p> Illyushin Zaak Saraiva Antônio Ribas Neto Guillermo Ney Caprario Roberto Carlos Rodrigues Eduardo Butzen Brenna Raíssa Siqueira dos Santos Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 TRILHANDO CAMINHOS: Um Retrato da Minha Jornada na Formação Docente https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/151 <p>Vale ressaltar que a palavra memorial tem origem no latim memoriale e refere-se a momentos e fatos memoráveis que precisam ser lembrados. Trata-se de um gênero com caráter científico e reflexivo, como afirma Carrilho (1997).</p> <p>Nasci em 10 de novembro de 1977, na cidade de Marabá, no estado do Pará. Essa cidade, conhecida como a Capital do Carajás e Terra da Castanha, é marcada por uma rica miscigenação de povos e culturas. Marabá é a quarta cidade mais populosa do estado, conforme dados do IBGE (2020). Foi fundada em 18 de março de 1898 e emancipada em 27 de fevereiro de 1913.</p> <p>Minha trajetória escolar começou ainda nessa cidade, numa escola municipal. Costumava chegar à escola ainda de madrugada, pois meu pai saía cedo para trabalhar na construção civil e eu já me aprontava para acompanhá-lo. Ficava aguardando o dia amanhecer no portão da escola. Em muitas ocasiões, o vigia me convidava para entrar, preocupado com a minha segurança — afinal, no início dos anos 1980, Marabá enfrentava altos índices de violência, impulsionados pelo garimpo em Serra Pelada, que atraía pessoas de várias partes do país e tornava a cidade um ponto de apoio importante.</p> <p>Durante todo esse percurso escolar, eu nunca imaginei que um dia me tornaria professor. Hoje, somo 27 anos de atuação na docência. Ao longo desse tempo, tive a oportunidade de contribuir com a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Especial, a Coordenação Pedagógica, a Gestão Escolar, o Ensino Médio, o Ensino Técnico, a Educação de Jovens e Adultos e o Ensino Superior.</p> <p>Minha jornada na educação teve início em 1996, quando eu possuía apenas a formação do antigo curso de Magistério. Em minha cidade, as oportunidades eram escassas: ou trabalhávamos no corte de cana, numa indústria que havia iniciado suas atividades agrícolas nos anos 1980, ou íamos para São Paulo trabalhar na construção civil. Cansado do trabalho duro no corte de cana, que enfrentei desde a adolescência, e sem poder deixar minha mãe para tentar a vida em outro estado, resolvi permanecer e encarar as dificuldades locais.</p> <p>Foi durante o curso de Magistério, nos anos 1990, que uma professora de Matemática despertou em mim o desejo pela docência. Ela me incentivava a substituí-la em algumas aulas do sexto e sétimo ano, numa escola municipal. A partir dessas experiências, comecei a perceber que o caminho da educação poderia ser mais viável — e também mais significativo — do que a dureza do trabalho agrícola. Além das dificuldades físicas, o retorno financeiro era mínimo e incerto.</p> <p>Jamais imaginei que, ao longo da minha trajetória de vida, me tornaria professor. No entanto, foi esse caminho que me transformou e me fez compreender a potência da educação como força de mudança — não só para mim, mas para todos que comigo compartilham essa missão.</p> VALDEMIR RIBEIRO FARIAS Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 O ENSINO DE FILOSOFIA AFRICANA NOS 6 ANOS DO GEFAA https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/153 <p><span style="font-weight: 400;">De 2016 a 2022, o Grupo de Estudos de Filosofias Africanas e Afrodiaspóricas (GEFAA) da Unicamp foi responsável por promover as primeiras experiências coletivas organizadas para discussão das contribuições da Filosofia Africana no âmbito desta universidade, além de por promover essas discussões também fora da universidade, em especial na cidade de Campinas-SP, assumindo um duplo caráter, acadêmico e militante. Este ensaio envolve tanto um relato de experiência quanto uma breve reflexão pessoal e bibliográfica, cujas questões em debate apontam para: a legitimidade da Filosofia Africana como campo filosófico acadêmico; o caráter racional-emocional da Filosofia e seu desdobramento, embasamento e encorajamento para a ação; a potencialidade dos estudos extracurriculares; e a necessidade de ampliação da chamada extensão universitária. Essa discussão conversa com as contribuições de Sueli Carneiro, Audre Lorde, bell hooks, entre tantas outras. Além das nossas leituras, a formação do GEFAA costura a contribuição de docentes e discentes da universidade, do antigo Grupo de Literatura Africana da Unicamp e de estudantes e militantes de Campinas.</span></p> José Victor Alves da Silva Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 Da filosofia como instrumento de produção em Deleuze https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/154 <p>Este trabalho tem o objetivo de discutir o propósito de uma filosofia capaz de produzir/criar e não reprimir. É de cunho bibliográfico com abordagem anarquista e descritiva. Está organizado em três momentos. Parte da noção ontológica do ser implicado na diferença. Explora três linhas de pensamento filosófico, Platão, Kant e Deleuze sob influência de Nietzsche. Na linha 1, aborda o platonismo e o problema da imagem dogmática do pensamento como uma forma negativa da vida. Na linha 2, discute os limites do criticismo kantiano como uma forma reativa da vida. Na linha 3, intercede ao projeto filosófico de Deleuze a partir da concepção de uma filosofia prática e criativa. Por fim, discute a experimentação da filosofia como uma ação eminentemente prática com o propósito de afirmação de uma vida potente, a partir da matriz nietzschiana-spinozana.</p> MARIA HELENA DE SOUSA MELO Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 COMO REAVIVAR O APAGAMENTO LITERÁRIO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A PARTIR DE CLUBES DE LEITURA? EXPERIÊNCIAS EM UM PROJETO DE EXTENSÃO https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/156 <p>O presente artigo trata-se de uma análise do Projeto de Extensão realizado no âmbito da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo central consiste refletir acerca da importância de se propor ações por meio temas e assuntos pertinentes a vida dos alunos na EJA. Ao se observar a dificuldade dos alunos desta modalidade de ensino em manter o contato com a literatura e desenvolver o hábito da leitura, percebeu-se a importância de criar um espaço em que pudessem se sentir valorizados e estimulados a explorar o universo literário. Foi nesse contexto que nasceu o Clube de Leitura, uma iniciativa realizada em um Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), em Registro/São Paulo, visando reacender o interesse dos estudantes pela literatura e combater o apagamento literário que muitos enfrentam devido às lacunas educacionais ao longo da vida. Durante os encontros, que ocorreram semanalmente, foram selecionadas obras que dialogassem com a realidade dos alunos, permitindo que compartilhassem experiências e interpretassem os textos com autonomia. A cada sessão, novos leitores se sentiam motivados a expressar suas percepções sobre os livros lidos, criando um ambiente de troca de conhecimento, fortalecimento da identidade literária e inclusão social. Os resultados foram visíveis: muitos alunos que, inicialmente, se mostravam distantes da leitura começaram a participar ativamente, sugerindo livros, discutindo temas e até produzindo textos próprios inspirados nas obras lidas. A experiência demonstrou que os clubes de leitura na EJA são uma ferramenta poderosa para reconstruir a relação dos estudantes com a literatura, tornando o aprendizado mais significativo e promovendo uma educação transformadora.</p> Giulia Cardoso Andréia Libório Gabriele Gomes Rayssa Rocha Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 A experiência em cena: https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/157 <p>Este artigo se propõe como relato e análise de minha experiência como atriz pesquisadora. Concentro-me numa trajetória pessoal de formação multifacetada em filosofia e teatro. Destaca-se a reflexão originada no módulo de narratividade da MT Escola de Teatro, onde acredito que consegui estabelecer diálogos enriquecedores com o conceito de experiência, conforme delineado pelos autores Walter Benjamin e Jorge Larrosa. A essência do trabalho é a abordagem de como a “experiência”, que sempre fez parte de meus estudos durante a graduação em filosofia, se configura agora nas artes cênicas como um elemento importante para o reconhecimento e valorização de uma narrativa que almeja transcender as imposições da cultura hegemônica.</p> Mariana de Oliveira Neves Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 Educação ambiental e seus desafios https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/158 <p>A educação ambiental envolve desafios de difícil equalização. Desde a modernidade atribuímos à natureza um papel meramente instrumental. Natureza, neste caso, torna-se sinônimo de recurso e, como tal, deve estar a serviço do homem. Nesse cenário, formar e informar epistemicamente indivíduos sobre o que fazer, assim como orientá-los a terem posições moralmente aceitáveis é, por si só, um grande desafio para a educação ambiental. E soma-se a eles o desafio volitivo, a saber, da livre escolha guiada pela vontade. Nesse artigo argumentaremos que agentes epistêmicos podem ser bem-informados (sabem o que devem fazer) e moralmente bem-intencionados (desejam assumir as ações mais corretas), mas, podem, racionalmente e por vontade própria, escolher agir de modo contrário. Isso ocorre, conforme argumentaremos, por causa do fenômeno da transferência de responsabilidade que estimula a falsa compreensão de que somente ações coletivas devem ser responsabilizadas ambientalmente.</p> Paulo Henrique Silva Costa Matheus de Lima Castro Silva Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 Ubuntu como ontologia do ser social https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/159 <p>Neste artigo exploratorio, busco apresentar de maneira introdutória o conceito de Ubuntu enquanto filosofia potente, complexa e profunda, tal como é. Tendo como base a noção de humanidade construida na relação com tudo que também carrega humanidade, e a partir disso gerando uma gama de reflexões e conceitos da realidade humana e atravessando diferentes áreas, tais como a ética, a política, a epistemologia e a ontologia. A partir desta ultima, busco identificar a ontologia Ubunutu como um ontologia social ou uma ontologia do ser social, dialogando com a teoria marxiana. Dialogo, troca e relação, elementos que estão na base do fazer e do ser em Ubuntu, tento aplicar no próprio fazer deste artigo.&nbsp;</p> Icaro Araújo Juriti Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14 Desobediência e poder colonial https://rgt.ifsp.edu.br/ojs/index.php/revistacactacea/article/view/160 <p>O temor dos patriarcas já foi inscrito no mito de Eva como uma profecia para o seu fim: pela desobediência abrem-se as portas para uma nova realidade. Aprendamos como desobedecer de maneira construtiva.</p> Sandro Baraldi Copyright (c) 2025 Revista Cactácea – Educação, Filosofia 2025-06-27 2025-06-27 5 14